Como a cultura Data Driven pode fazer sua empresa crescer
- Inovação e Gestão
A cultura do Data Driven é aquela em que os processos são orientados por uma análise multidisciplinar das informações da empresa.
Antes de qualquer decisão estratégica, são extraídos conhecimentos dos dados para transformá-los em ações. Isso evita aquelas decisões baseadas no “achismo” que tem grandes chances de dar errado.
Todo tipo de informação é válida, sejam vindas do CRM, analytics, big data, inteligência artificial e outros. Estes já são meios conhecidos que fornecem dados, mas que muitas vezes são subutilizados para desenhar estratégias.
Quem pode utilizar o data driven?
Todas as áreas e funcionários são beneficiados quando têm acesso a uma série de dados relevantes. Por exemplo, marketing e vendas pode entender com maior embasamento às necessidades e preferências dos clientes.
Áreas internas, como de Gestão de Pessoas, podem aproveitar os dados de produtividade dos colaboradores para incluir este indicativo em uma avaliação de desempenho.
Cabe a empresa incentivar a adotá-los, explorá-los e examiná-los no dia a dia das atividades e na tomada de decisões. Por exemplo, banco Itaú realizou um programa chamado “Batalha de Dados”, desafiando os colaboradores a criar soluções inovadoras aos clientes utilizando dados reais durante um hackathon. Como resultado, surgiram novos projetos relacionados a segurança de dados dos clientes.
Vantagens do Data Driven
Aderir a cultura do data driven traz uma série de vantagens importantes para a empresa, como assertividade nas decisões e em planejamentos estratégicos. Prepara equipes para mudanças que podem ocorrer no mercado e no comportamento do cliente.
Comparando com uma pessoa, é como se fosse aquela precavida que olha todos os dias a previsão do tempo antes de escolher a roupa que vai vestir, ela sabe se precisará levar guarda-chuva ao sair. A possibilidade de ser pega de surpresa por uma mudança brusca no tempo é muito menor.
Mas é claro que imprevistos acontecem – podem vir, por exemplo, como uma pandemia. A diferença é que quem analisa dados antes de tomar decisões tem reações mais rápidas às mudanças e maior capacidade de planejar uma mudança de rota.
Resultados de quem já utiliza os dados a seu favor
As empresas que já estão maduras na utilização do data driven já colhem resultados. Oito indústrias de diversos países europeus já são 30% mais eficientes e obtiveram 20% de aumento em receita após adotarem o data driven, segundo pesquisa da Google com o Boston Consulting Group, informação publicada no portal Mundo do Marketing.
Um relatório de 2018 publicado pela Forrester diz que empresas data driven devem crescer mais de 30% anualmente e faturar 1,8 trilhões de dólares até 2021.
Amazon: Uma referência no data driven
Executivo da Amazon que trabalhou por 5 anos na empresa, Jesse Freeman, conta que todas as reuniões de planejamento ou estratégia tem informações de dados históricos, dados ativos e previsões de dados futuros.
A maior parte das equipes tem analistas de dados dedicados que criam relatórios semanais, conectam sistemas de relatórios entre as diferentes unidades de negócios e automatizam a maior quantidade possível de coleta de dados. Tudo isso para que todos tenham um raio X do estado da unidade de negócios em que trabalham.
Na prática, isso trouxe muitos resultados, como a criação de um sistema de recomendação personalizado, que analisa os hábitos de compras dos clientes, o que está ou já esteve no carrinho e itens que o usuário visualizou para dar uma experiência única que compra e produtos recomendados.
Os dados também são utilizados na precificação dos produtos. Os preços do site podem mudar a cada 10 minutos com um gerenciamento feito a partir de dados da concorrência, da demanda e disponibilidade do produto.
TI como protagonista na gestão dos dados
Para disponibilizar os dados de maneira estruturada e organizada é importante que a empresa tenha uma boa infraestrutura em TI, seja de forma física com bons servidores e bancos de dados de alta performance, ou virtual com os dados em nuvem, pois se a intenção é coletar um grande volume de dados, precisa ter uma infraestrutura que possibilite processá-los e automatizá-los.
A utilização de nuvem para compartilhamento dos dados é mais atrativa para empresas que desejam implantar a cultura data driven. Algumas vantagens são:
- Mais agilidade no compartilhamento de informações,
- Atualização dos dados em tempo real;
- Escalabilidade no uso dos serviços;
- Redução de custos com infraestrutura interna.
Outro ponto importante é investir na proteção desses dados, com controle de acessos, firewalls e toda segurança possível para que, ao mesmo tempo, os dados estejam disponíveis a todos os interessados e estes também estejam seguros dentro da empresa.
Por fim, é necessário ter uma equipe com profissionais capacitados para lidar com as ferramentas e que façam a gestão desses dados. Estes profissionais devem buscar entender o tipo de informação que pode ser interessante para determinada área, e apresentar quais dados disponíveis podem ser utilizados por eles.
Se uma empresa deseja implantar a cultura de data driven, a área de TI precisa ser vista como uma aliada estratégica e não apenas como uma área de suporte. Assim, será possível disponibilizar dados de múltiplas fontes de maneira prática e dinâmica para que todas as áreas possam tomar decisões com maior embasamento.